Folclore Brasileiro
O que é folclore?
O folclore brasileiro é sinônimo de cultura popular brasileira, e representa a identidade social da comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais; é também uma parte essencial da cultura do Brasil. Embora tenha raízes imemoriais, seu estudo sistemático iniciou somente em meados do século XIX, e levou mais de 100 anos para se consolidar no país. A partir da década de 1970, o folclorismo nacional definitivamente se institucionalizou e recebeu conformação conceitual.
Há uma diversidade de definições do conceito de "folclore" e de "fato folclórico". Em geral elas reconhecem uma origem principalmente popular, mas influenciada em vários níveis pelas tradições cultas; um caráter espontâneo, de criação não programada; a tradicionalidade, ou seja, uma transmissão regular através das gerações; a funcionalidade, atendendo a uma necessidade objetiva de uma coletividade; e a aceitação coletiva, devendo constituir prática autêntica. A Unesco definiu folclore como "sinônimo de cultura popular", "representa a identidade social de uma comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais, e é também uma parte essencial da cultura de cada nação".
Lendas do folclore brasileiro
As lendas e mitos brasileiras possuem origem na mitologia dos índios nativos, em conjunto com os mitos trazidos da Europa pelos portugueses e da África pelos negros.
A mescla de diferentes culturas permitiram produzir mitos únicos, mas também é possível observar diversos elementos comuns com mitos de outros povos.
No início do século XIX, as artes brasileiras estão passando pelo Romantismo e muitas das lendas brasileiras passam a ser representadas em poemas, livros e pinturas devido ao movimento nacionalista ocorrido neste período e é neste momento que o autor Monteiro Lobato publica sua obra infantil, a coleção do Sítio do Pica-pau Amarelo, na qual são apresentadas algumas das lendas brasileiras.
Curupira
O Curupira, Caipora, Caiçara, Caapora, Anhanga ou Pai-do-mato é uma entidade da mitologia tupi-guarani, um protetor das matas e dos animais silvestres.
Representado por um menino de cabelos vermelhos e compridos, e com os pés virados para trás, que fazem se perder aqueles que o perseguem pelos rastros. Monta num porco do mato e castiga todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Boto Cor-de-Rosa
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas.
Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Saci Pererê
Provável importação portuguesa, relatado primeiramente na Região Sudeste, no século XIX. O Saci Pererê é um menino negro de uma perna só, e, conforme a região, é um ser maligno, benfazejo ou simplesmente brincalhão.
Está sempre com seu cachimbo, e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.
A lenda também diz que o Saci se manifesta como um redemoinho de vento e folhas secas, e pode ser capturado se lançarmos uma peneira ou um rosário sobre o redemoinho.

Mula sem cabeça
Mula sem cabeça é um personagem do folclore brasileiro. Na maioria dos contos, é um fantasma de uma mulher que foi amaldiçoada por ter se casado com um padre, e foi condenada a se transformar em uma mula que tem fogo ao invés de uma cabeça, galopando através dos campos desde o pôr do sol de quinta-feira até o nascer do sol de sexta-feira. O mito tem várias variações em relação ao pecado que transformou a mulher amaldiçoada em um monstro.
